Seja você um estudante, profissional, apaixonado ou adepto da área da computação, é provável que tenha tido a oportunidade de escrever seu primeiro “Hello World”, ou melhor, sua primeira instrução em alguma linguagem de programação. Se você ainda não teve essa experiência, talvez tenha encontrado alguns desafios iniciais.
O “Hello World” na computação é como vestir branco no Réveillon em busca de paz. No entanto, a paz é algo que nós, programadores, raramente conhecemos, pois programar é uma arte que mais frequentemente resulta em cabelos brancos do que alívio do estresse. Mesmo assim, estranhamente, nós amamos este mundo – uma contradição que lembra uma observação de Alan Turing em uma de suas cartas:
Assim, é como se acreditássemos gostar de programar, enquanto detestamos nossos próprios códigos. Talvez, então, não gostemos realmente de programar. Mas será mesmo?
Certamente você já se sentiu encantado quando seus resultados em um trabalho de Arquitetura de Computadores finalmente coincidiram com o enunciado, mesmo sem compreender exatamente “como”. Ou talvez tenha derramado lágrimas de alegria quando seu programa, quase por magia, começou a funcionar sem que você sequer tivesse alterado uma linha de código (talvez suas bruxarias tenham dado certo).
Eu diria que somos os magos modernos, capazes de resolver dezenas de milhares de problemas da humanidade com códigos. Questões relacionadas à mobilidade, alimentação ou saúde podem ser abordadas com eficiência usando estruturas como um bom grafo direcionado, especialmente diante das demandas de um mundo globalizado.
Aqui estou, no quinto semestre de Ciência da Computação, com um histórico em ensino técnico, ouvindo “Outro Lugar” do Detonautas Roque Clube, refletindo sobre todas as loucuras que já vivi. Lembro-me especialmente do momento em que entendemos a importância de dobrar os joelhos ao levantar um objeto em uma aula de hardware, quando um colega, por acidente, acabou incendiando um computador…
Como mencionei no início desta postagem, o primeiro “hello world” é um marco. Como bom programador (e sabendo que bons programadores DE fato apagam bancos de dados de produção), não poderia deixar de dedicar esta primeira postagem do meu blog – que início durante uma greve em minha instituição de ensino – a essa tradição da computação.